quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

ELEGIA DOS SALGUEIROS

Creio que esta é a mais triste postagem do Blog... mas c’est la vie...







PMMS LAMENTA MORTE DE SEUS INTEGRANTES






A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul está de luto pela morte de três de seus membros em acidente ocorrido na tarde de ontem (1º de fevereiro). É com pesar que o Comando Geral da PMMS solidariza-se com as famílias do cabo Francisco Valensuelo Lopes (45), do soldado Oscar Castelo (55) e do cabo Adevaldo Alves de Oliveira (52) neste momento de dor, e demonstra sua fé na recuperação do subtenente Nelcioni Lacerda Duarte (59).






“A PMMS perdeu homens que souberam honrar nossa instituição com equilíbrio e correção. Os cabos Francisco e Adevaldo e o soldado Castelo eram policiais queridos e respeitados por nós. Suas condutas serão sempre lembradas como um exemplo para todos. Neste momento de saudade e dor, o Comando Geral da Polícia Militar expressa aos familiares e amigos, votos de pesares, pedindo a Deus que ilumine e conforte a todos”, lamentou o comandante-geral da PMMS, coronel Carlos Alberto David dos Santos.






As famílias dos policiais mortos terão todo o apoio da PMMS, por meio do Fundo de Assistência Feminino (FAF) da instituição. “Nós estamos preparados para atendê-los nesse momento tão difícil. Daremos o auxílio funeral, acompanharemos as famílias, ficaremos atentos às necessidades deles e também tentaremos dar um pouco de conforto nessa hora tão dura”, disse a presidente do fundo, Ana Arminda. O subtenente e seus familiares também receberão suporte do FAF.






Acidente


O acidente que vitimou os policiais aconteceu na tarde de ontem e foi atendido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os quatro vinham de carro de Dourados para Campo Grande, para se juntarem ao grupo de Mato Grosso do Sul que ia a Brasília lutar pela aprovação da Proposta de Emenda Constitucional que equipara os salários dos PMs aos dos policiais do Distrito Federal.






Próximo a Anhanduí, houve a colisão frontal do Gol que eles conduziam com um caminhão Mercedes Benz. Francisco que dirigia o carro morreu na hora. Os outros três foram levados para a Santa Casa de Campo Grande. O cabo Adevaldo não resistiu e faleceu ao chegar no hospital. O soldado Castelo recebeu atendimento médico, mas acabou morrendo no início da manhã de hoje. Já o subtenente Nelcioni está fora de perigo.


Fonte: http://www.acspmbmms.org.br/?q=node/276






Perdi amigos nesse acidente, sendo o principal, Cb PM FRANCISCO, que além de amigo, era meu chefe imediato... a vida é engraçada, uma hora estamos vivos e bem, na outra...


A vida é curta, como diária um amigo meu, então curta a vida enquanto pode, escreva um livro, plante uma árvore, faça um filho... viaje para um lugar que sempre desejou, pratique um esporte novo que, seja tudo que sempre desejou, invente algo que, mesmo que não tenha utilidade, seja a manifestação de seu ser... Viva a vida e seja feliz.






LOGAN


Segue um poema que exprime saudades... espero que apreciem...



ELEGIA DOS SALGUEIROS






Há nuvens róseas sobre a colina.


A tarde é loura.


Folhas caíam dos plátanos, girando


em remoinhos na poeira.






Os chorões são como prantos de folhagem,


como um gesto verde sobre as águas lisas,


uma bênção de folhas...






Na mesma tarde loura, há muitos anos,


eu amei os teus olhos de águas lisas,


eu fiquei debruçado,pensativamente,


como um salgueiro sobre as águas de um açude,


como um salgueiro - sobre a tua vida.






E eras indiferente


como as águas.


Mas eu vira o meu reflexo, trêmulo, trêmulo,


a ilusão da minha dor na tua alma.






E passavas, e fugias


como as águas.


Mas eu ouvira, entre os ramos verdes,


as canções de esperança;


era o meu sonho deixar nas águas mansas


cair a oferta silenciosa das folhas.






E sorrias, e passavas


como as águas.


Vai longe, no além, a tarde loura;


folhas caíam dos plátanos, girando


em remoinhos na poeira.






Olho os salgueiros, numa cisma que flutua


sobre as águas do mistério...


Alguma cousa misteriosa


vai levando a nossa vida como as folhas sobre


as águas...






(AUGUSTO MEYER)